A dor nas articulações periféricas refere-se à dor nas articulações das extremidades inferiores, como quadril, joelho, tornozelo e pé, bem como nas articulações das extremidades superiores, como ombro, cotovelo, punho e mão. Os problemas articulares tendem a aumentar com a idade e indivíduos fisicamente ativos podem sentir dores que podem ter consequências a longo prazo, levando à redução da qualidade de vida e incapacidade.
Os problemas articulares periféricos geralmente têm uma longa história natural com altas taxas de recorrência, tornando-os onerosos para a sociedade. Problemas de tendão, embora mais comuns na meia-idade, também podem afetar indivíduos fisicamente ativos. No entanto, a dor tende a persistir apesar do tratamento, e os testes diagnósticos para condições ortopédicas nem sempre são precisos. A dor que irradia da coluna também pode ser um fator complicador no diagnóstico de dor nas articulações periféricas.
Para diagnosticar a dor articular periférica, o primeiro passo é determinar se a dor é local ou se irradia da coluna. No caso dos membros superiores, é necessário o diagnóstico diferencial com a coluna cervical e, no caso dos membros inferiores, com a coluna lombar. Uma dor sentida no ombro muitas vezes pode ser de origem cervical, por exemplo.
Do mesmo modo que na coluna, nos baseamos nas respostas sintomáticas e mecânicas do paciente, em um processo contínuo, sendo o paciente examinado em intervalos frequentes durante a sessão, para possibilitar que o fisioterapeuta avalie o resultado de seu tratamento até então. Ele continua ou altera sua técnica de acordo com a mudança ou com a ausência de mudança detectada.
O tratamento será individualizado, onde o fisioterapeuta utilizará as técnicas de Terapia Manual mais adequadas ao paciente, conforme sua avaliação, podendo estas serem da Osteopatia, do Conceito Maitland, do Conceito Mulligan e/ou de Neurodinâmica. Na presença de Dor Miofascial serão utilizadas técnicas de tratamento dos pontos-gatilhos miofasciais como Técnicas Neuromusculares Modernas e/ou Agulhamento a Seco.
Modalidades fisioterapêuticas como Terapia Por Ondas de Choque e Fotobiomodulação possuem vasta evidência comprovando seus benefícios no tratamento das Articulações Periféricas, e deverão ser utilizadas.
Por fim, serão prescritos exercícios ao paciente, incluindo os do Método Mckenzie, e/ou de Neurodinâmica, bem como exercícios específicos de fortalecimento e alongamento.