Dor Cervical

Tratamento especializado para dor cervical em Araraquara com Dr. Gustavo Nogueira
Descubra uma abordagem terapêutica completa e personalizada para alívio da dor cervical. Utilizamos técnicas avançadas e tratamentos individualizados para combater a dor cervical, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Dor cervical (no pescoço), ou cervicalgia, é uma queixa comum que afeta ou afetará  70% das pessoas em algum momento de suas vidas e pode variar de desconforto leve a dor debilitante. Para se ter uma noção, apenas 7 a 8% vão ter apendicite em algum momento de suas vidas. Dados epidemiológicos internacionais sugerem que 40% da população sofrerá de dor no pescoço em um ano, com um ponto de prevalência entre 10 e 20%. Nenhum grupo de idade ou ocupação aparenta ser imune e a cervicalgia só perde para a lombalgia em custos anuais de compensação dos trabalhadores, ela é uma das razões mais comuns para faltar ao trabalho, com muitos indivíduos relatando dor no pescoço como causa de sua ausência.

Além disso, a cervicalgia tende a ser uma desordem persistente e recorrente e até 60% das pessoas podem esperar algum grau de dor crônica  com incapacidade moderada por muitos anos após o primeiro episódio. Isto gera efeitos substanciais na qualidade de vida. 

A etiologia (causa) é muitas vezes multifatorial e pode incluir fatores físicos e psicológicos. O pescoço é suscetível a várias formas de tensão na vida diária, como má postura, degeneração articular e do disco intervertebral, lesões e até alterações da oclusão dos dentes. Os sintomas também podem piorar durante períodos de estresse emocional ou ansiedade.

Apesar dos avanços na tecnologia médica e nos procedimentos de diagnóstico, o custo do tratamento da cervicalgia continua aumentando. Isso se deve ao alto índice de diagnósticos falso-positivos em exames de imagem, resultando no aumento de cirurgias desnecessárias. Uma fonte anatômica da condição, como hérnia de disco, pode até ser evidente em exames de imagem em alguns casos. No entanto, a abordagem tradicional de diagnosticar a cervicalgia baseada apenas na presença da patologia encontrada em exames de imagem tem se mostrado pouco confiável, tornando crucial que a escolha do tratamento conservador adequado seja realizado por um profissional que esteja atualizado com as mais recentes pesquisas e protocolos e que tenha formação e experiência nas principais técnicas por estes recomendadas.

Evidências substanciais sugerem que 70-90% das cervicobraquialgias melhoram com tratamento conservador e sem cirurgia. No entanto, a eficácia do tratamento pode depender da gravidade dos sintomas e de outros fatores individuais. É importante observar que a cirurgia ainda pode ser recomendada em alguns casos em que o tratamento conservador não foi eficaz ou em casos em que há uma condição mais grave, onde o fisioterapeuta pode detectar alguns sinais e sintomas indicativos (red flags).

As dores cervicais podem ser locais e também podem irradiar para a cabeça, para a região da escápula, para os braços. Problemas com a Articulação Temporomandibular (ATM) também podem estar ligados à coluna cervical. O termo “torcicolo” é usado quando o paciente apresenta uma crise aguda de cervicalgia caracterizada por um espasmo (contração muscular intensa) dos músculos do pescoço com grande limitação dos movimentos. Quando além da dor no pescoço, o paciente apresenta dor que desce para o braço, usa-se o termo “cervicobraquialgia”, a qual é causada pela compressão da raiz nervosa na coluna cervical. 

A dor de cabeça tem muitas causas. Ela pode ser uma desordem primária como exaqueca, tensional ou em salva (cluster); ou uma desordem secundária, a qual é um sintoma complexo vindo de outras causas reconhecíveis. A Cefaléia Cervicogênica é uma cefaléia do tipo secundário, se origina diretamente de problemas na coluna cervical, e causa dor em apenas um lado da cabeça e pescoço. Movimentos ou posições sustentadas do pescoço  podem desencadear a cefaléia cervicogênica.

Nossa abordagem do tratamento das cervicalgias, sejam elas localizadas no pescoço ou irradiadas para os membros superiores ou para a cabeça, é personalizada para cada paciente. Inicia-se com uma detalhada anamnese (entrevista) do paciente para determinar as condições de seu quadro, seu histórico, se é possível realizar o tratamento ou se o paciente deve ser encaminhado para o médico caso apresente red flags (sinais indicadores de patologias graves), quais as características de sua dor, qual o nível de intensidade de sua dor e de incapacidade gerada, se a natureza do quadro é mais inflamatória ou mecânica, se se trata de uma dor aguda ou crônica, e por fim se o paciente apresenta yellow flags ( sinais indicadores de risco biopsicossocial), o qual necessitará de uma abordagem que se utilize dos conceitos atuais de Neurociência da Dor, podendo também o paciente ser encaminhado para outros profissionais para um tratamento multidisciplinar.

Após a anamnese seguimos para uma avaliação física completa. O processo de avaliação analítica é contínuo, sendo o paciente examinado em intervalos frequentes durante a sessão, para possibilitar que o fisioterapeuta avalie o resultado de seu tratamento até então. Ele continua ou altera sua técnica de acordo com a mudança ou com a ausência de mudança detectada. 

O tratamento será individualizado, onde o fisioterapeuta utilizará as técnicas de Terapia Manual mais adequadas ao paciente, conforme sua avaliação, podendo estas serem da Osteopatia, do Conceito Maitland, do Conceito Mulligan e/ou de Neurodinâmica. Na presença de Dor Miofascial serão utilizadas técnicas de tratamento dos pontos-gatilhos miofasciais como Técnicas Neuromusculares Modernas e/ou Agulhamento a Seco. Modalidades fisioterapêuticas como Terapia Por Ondas de Choque e Fotobiomodulação também poderão ser utilizadas dependendo da situação. E por fim, caso seja detectada a necessidade, o paciente será orientado a realizar exercícios do Método Mckenzie, de Estabilização Segmentar, e/ou de Neurodinâmica.