A Terapia Manual é uma especialidade da fisioterapia que engloba uma variedade de técnicas, como Osteopatia, Quiropraxia, Mulligan e Mckenzie. Estas técnicas, sejam elas passivas ou ativo-assistidas, são aplicadas aos tecidos do corpo, como stretching, mobilização e manipulação, com o objetivo de modular a dor, reduzir inflamações, melhorar a extensibilidade dos tecidos e facilitar o movimento.

Dentro deste universo, destaca-se o Conceito Maitland, desenvolvido na década de 60 pelo fisioterapeuta Geoffrey Douglas Maitland. Esta abordagem é reconhecida mundialmente e estabeleceu a base da Fisioterapia Manipulativa Ortopédica atual. O diferencial do Conceito Maitland é sua capacidade de personalização, adaptando-se às necessidades individuais do paciente, baseando-se em sua história clínica, sintomas e exame físico. Esta personalização permite que o fisioterapeuta trabalhe de forma mais eficaz, alcançando resultados positivos e duradouros.

O Conceito Maitland não é apenas uma técnica, mas uma filosofia de tratamento. Ele enfatiza um processo de pensamento específico, onde a avaliação e o tratamento estão interligados. Através desta abordagem, os fisioterapeutas são encorajados a formular e testar várias hipóteses para encontrar o melhor método de tratamento para o paciente.

Gustavo Nogueira é especialista no Conceito Maitland em Araraquara e incorpora essa abordagem em sua prática, garantindo um tratamento personalizado e eficaz para seus pacientes.

Citações sobre Maitland

1. Cyriax (1984):
   

   “… mais recentemente Maitland, um fisioterapeuta da Austrália, vem empregando impulsos repetitivos de menor frequência, porém com mais força por trás deles. A grande virtude do trabalho de Maitland é sua moderação. Ele não expandiu suas técnicas manipulativas em um culto; nem apregoa efeitos autonômicos nem diz que são uma panacéia. De fato, ele evita argumentos teóricos e insiste no efeito prático da manipulação… O paciente é examinado em intervalos frequentes durante a sessão, para possibilitar que o manipulador avalie o resultado de seu tratamento até então. Ele continua ou altera sua técnica de acordo com a mudança ou com a ausência de mudança detectada.”
   Textbook of Orthopaedic Medicine. Part II – Treatment by Manipulation, Massage and Injection. 11th edition.

2. Prefácio em Refshauge k & Gass E (1995):
   

   “…a ênfase de Maitland no exame muito cuidadoso e abrangente levando à aplicação precisa do tratamento pelo movimento é seguida por sua vez pela avaliação dos efeitos do movimento no paciente, forma a base da moderna abordagem clínica. Isto está provavelmente tão próximo quanto possível do método científico na prática clínica da fisioterapia e serve como modelo para outras áreas especiais da profissão.”
   Musculoskeletal Physiotherapy. Butterworth-Heinemann, Oxford.

3. Twomey, L.T. e Taylor, J.R. (1987):
   

   “Na minha visão, a abordagem de Maitland ao tratamento difere da dos outros, não na mecânica da técnica, porém na sua abordagem do paciente e de seu problema particular. Sua atenção ao detalhe no exame, no tratamento e na resposta é única na fisioterapia, e eu acredito ser de valor destacar: o desenvolvimento de seus conceitos de avaliação e tratamento; sua insistência nas fundações sólidas do conhecimento biológico básico; a necessidade de altos níveis de habilidade; a evolução dos conceitos. Eles não “chegam” a você completamente desenvolvidos, são vivos, desenvolvendo-se e estendendo-se; a necessidade de um exame detalhado e da abordagem avaliação/tratamento/reavaliação. Esta área merece uma considerável atenção porque, para mim, é a essência de Maitland.”
   The Maitland Concept: Assessment, Examination, and Treatment by Passive Movement. Eds Physical Therapy of The Lower back. Churchill Livingstone.